Sujeira...

"Tu desenha essas parada aí, cheio de piroca e buceta. Não te vejo comendo ninguém réréré, que que adianta?"
Tenho um sério problema com a pornografia: Tenho a impressão de que vejo ela de um modo que ninguém vê.
Claro que é frescura, tem gente demais no mundo pra eu me dar o direito de me sentir único e iluminado.
Tenho um sério problema, também, por gostar de desenhar pornografia: As pessoas acham que por fazer isso tenho o dever de andar com a piroca na mão semeando partes de mim indiscriminadamente em todas as mulheres férteis.
Mas tenho um problema maior que esse: Não acho que gostar de me comunicar com as pessoas através da pornografia demande que eu viva entre Sodoma e Gomorra, que não tenha nenhuma moral e que transpire sexualidade (arrrrrrrgh) por qualquer lugar que passe.

Achei esse desenho alí, de muitos anos atrás, perdido em um monte de outros papéis. Mesmo incompleto ele sempre teve pronto na minha cabeça: As paredes nojentamente sujas, cheias de mofo, tinta descascada, um interruptor de metal todo enferrujado, um quarto sem janela, muito calor, muito suor e pessoas sem nome, personalidade e família vivendo por algumas horas em um limbo social. Agindo de acordo e em acordo com os impulsos mais básicos de agressividade e desejo.
Me pergunto, o que isso tem à ver com moral com machismo e sexismo?
Toda a intenção desse desenho existe, em graus diferentes, em todas as pessoas.
Soa arrogante, eu sei. A vida tem me ensinado a aceitar essa minha natureza.
Moralistas: parem de prender o cu (não no sentido bíblico).

Postando por culpa

Às vezes lembro que tenho um blog. E quando não dá muita preguiça, como agora, me sinto no dever de postar só pra fazer número... Dever? Dever para com quem? Essa caceta é minha! Dever para com o público? Que público? Pressupor predileção alheia ao que se faz deveria valer uma tatuagem de babaca na testa à quem se dispões a isso.
Posto aqui um material antigo. Muito antigo. Uma página de amostra da época em que eu era agenciado pelo Expert Studio. A arte final é do meu amigo Alex Doeppre.
O outro foi colorizado por um amigo do Deviant Art. francamente, não me lembro o nome.
Não sei quanto tempo faz da ultima postagem, talvez essa seja a primeira do ano.
BBB, carnaval, Luiza no canadá, Carlos Nascimento, polêmicas de internet repercutindo na mídia comum...
Não vou dizer nada sobre isso. Praticamente não faço idéia do que se trata, e pra mim tá bom.

Sketchs...

Alguns sketchs que lembrei ter no hd!

(Como me chamavam quando era pequeno) A raspa do tacho!

Galeria da Primorosidade e Excelência do Rap Nacional - Ndee Naldinho - Essa é a lei "Tributo ao Pilantra"

Ainda antes da alegria ser generalizada,muito antes da abertura "undergroundica" do rap nacional e por consequência, do afrouxamento ideológico decorrente de qualquer inchasso.
Era 1999. Sobrevivendo no Inferno mal havia esfriado, e o rap nacional ainda era majoritáriamente ditado por temáticas cabulosas envolvendo assaltos, violência explícita nas letras, e muitas vezes uma forma dúbia de falar sobre o crime e suas consequências.
Nesse ano Ndee Naldinho ( se não conhece, sinta vergonha AGORA) lançou o disco "O Apocalipse" e nos presenteou com aquele que está (na minha opinião) para o Gangsta Rap Nacional como está o teto da Capela Cistina para a arte.

É normal, pessoas ao se defrontarem com esse tipo de linguagem chula advinda de representações determinadas socialmente como deficitárias financeiramente e CULTURALMENTE... Como dizia, é normal pessoas leigas irrelevarem uma obra musical por simplesmente não reconhecerem uma linguagem, e muitas vezes( aceitem, porque é verdade) por acharem que essas pessoas não deveriam expressar tipos de pensamentos tão díspares do senso comum.
E aqui, isso cai como uma luva. É essencialmente uma música com vários manos falando como fazer pra se manter respirando em meio à malandragem. Longe da idéia de infantilizar pessoas pobres achando que discursos didáticos sobre o que é certo e errado, são uma solução funcional. São pessoas que vivem em um ambiente violento, falando sobre sua forma de sobreviver usando a violência. Sem se importar com a moral, ou com o que a sua mãe vai achar se te pegar ouvindo isso.

TRIBUTO AO PILANTRA, merece figurar na minha lista de jóias do rap nacional por ser "filha" de seu próprio ambiente. E ser dura, crua e mais real á sua época do que hoje se considera o "real".

Vacas magras...

Sem saco pra desenhar. Na verdade sem saco pra porra nenhuma. Não sei se é a época do ano, mas é um ciclo que já ficou insuportável.

Dessa vez só dois desenhos são novos, o da grávida e da guria de blusa preta, os outros dois tavam dando sopa aqui no HD.

Até outro dia.

Por motivos de força maior infelizmente vão rolar umas férias das vendas no Ebay. Agora volta a já bastante enjoada corrida atrás de um cartão internacional pra poder receber os milhões de dolares que circulam por aí à me procurar (piada). Enfim, posto aqui algumas das ultimas ilustrações que foram vendidas.

Témais